Novo PAC inclui 40 demandas do Grande ABC

A possibilidade de obter sucesso nas conversas com o governo federal para destravar investimentos aumentou na sexta-feira.

A expectativa é de pelo menos 3 mil unidades habitacionais para pessoas que estão recebendo auxílio emergencial ou o Bolsa Aluguel. ( Foto | Reprodução)

GRANDE ABC – O lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 3, feito na sexta-feira (11), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), elenca 40 demandas das setes cidades do Grande ABC que ainda não foram iniciadas ou que estão com obras paradas e aguardam pela retomada e conclusão.

Conforme dados levantados pelo Consórcio Intermunicipal no site oficial do Novo PAC, projetos do Minha Casa, Minha Vida lideram o número de projetos na região que aguardam recursos para virar realidade, com 17, seguido de urbanização de favelas (10). As outras intervenções relacionadas são: mobilidade urbana (3); prevenção a desastres, contenção de encostas e drenagem (3); educação (2); saúde (1); cultura (1); esgotamento sanitário (1); gestão de resíduos sólidos (1); e abastecimento (1). 

Uma reportagem do site o Diário também elencou as intervenções de cada município da região que constam no mapa disponibilizado no site oficial, que aponta São Bernardo e Diadema com nove cada. Na sequência vêm Mauá (8), Santo André (7), São Caetano (4), Ribeirão Pires (2) e Rio Grande da Serra (1)incluídas na relação.

O prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), que assumiu a presidência do Consórcio no início do ano, tratou de parte dessas demandas com ministros e com o próprio presidente durante viagens que fez a Brasília ao longo dos primeiros sete meses de 2023. Uma das primeiras foi em meados de março,quando uma das pautas envolvia justamente o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, cuja retomada era uma das prioridades do governo Lula, que assumiu o mandato em janeiro e encontrou o programa praticamente paralisado.

“Precisamos, para a nossa região, de pelo menos 3.000 unidades habitacionais para pessoas que estão recebendo auxílio emergencial ou o Bolsa Aluguel. Só no Jardim Zaíra, em Mauá, há mais de 700 famílias que moram em área de risco, e nós vamos trabalhar para levá-las a locais seguros e mais dignos. O poder público tem a obrigação de fiscalizar e impedir que as pessoas ocupem áreas de risco, mas para que não ocupem, precisam ter onde morar. E isso quem tem que garantir somos nós, prefeitos, governadores, ministros e presidente”, disse, um dia antes da viagem.

Ao mesmo tempo em que o presidente do Consórcio negocia em Brasília, o secretário executivo da entidade, Mário Reali, também tem participado de reuniões com a direção da Caixa para tentar destravar projetos que estão parados, à espera da liberação de recursos. O próximo encontro deve ocorrer até o fim do mês. “O Consórcio está mantendo reuniões periódicas com a Caixa, e um dos objetivos é destravar isso (liberação de recursos), retomar todos os projetos que ficaram parados, mas são procedimentos que ainda estão sendo tratados com o banco”, informou a entidade, em nota. 

O colegiado não tem o valor fechado dos investimentos que seriam necessários, recentemente, Marcelo Oliveira citou que seria algo em torno de R$ 2,5 bilhões. A possibilidade de obter sucesso nas conversas com o governo federal para destravar investimentos aumentou na sexta-feira, quando Lula anunciou que os investimentos no Novo PAC devem alcançar R$ 1,7 trilhão em todo o País, com recursos públicos e privados, sendo R$ 1,4 trilhão até 2026 e R$ 320,5 bilhões após 2026. O Estado de São Paulo deverá receber R$ 179,6 bilhões do programa.

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