Obras no Morro dos Macacos causam transtorno para moradores em Diadema

À época da remoção, a Defesa Civil do Município de São Paulo informou que o Morro dos Macacos possui três setores de riscos, médio (R2), alto (R3) é muito alto (R4). 

De acordo com os moradores, as obras começaram há aproximadamente um ano e desde então causaram os problemas relatados. (Foto | Reprodução)

DIADEMA – Moradores do Morro dos Macacos, na divisa de Diadema e São Paulo, têm enfrentado problemas ocasionados por uma obra de muro de contenção realizada pela Prefeitura da Capital. Fotos e vídeos enviados ao Diário mostram casas tomadas por barro e pela água das chuvas que caíram nos últimos dias. 

“Nossos barracos ficam embaixo do morro onde estão sendo feitas as obras. Como eles (empresa responsável pela obra) estão jogando concreto no morro, toda vez que chove a água desce e invade os barracos. É muita água e muita lama, estamos perdendo praticamente tudo o que temos, estamos desesperados”, relata um morador que pediu para ter sua identidade preservada. 

De acordo com os moradores, as obras começaram há aproximadamente um ano e desde então causaram os problemas relatados. Com o solo encharcado, eles também temem por deslizamentos dos barracos. 

“Desde que começaram a mexer aqui ficou asism. Vários barracos estão cheio de barro e água, isso é um perigo, até porque temos muitas crianças aqui”, diz o morador. 

O local das obras era ocupado por outros barracos, mas uma operação de reintegração de posse, feita em 2019, retirou famílias que habitavam o morro. À época da remoção, a Defesa Civil do Município de São Paulo informou que o Morro dos Macacos possui três setores de riscos, médio (R2), alto (R3) é muito alto (R4). 

As reintegrações tiveram início em 2011, quando um deslizamento de terra deixou duas vítimas. Posteriormente, cerca de 900 famílias foram retiradas e encaminhadas para conjuntos habitacionais. No entanto, como o terreno não foi isolado, o Morro dos Macacos voltou a ser ocupado. Hoje, a comunidade conta com cerca de 2.500 pessoas. 

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