Paço de Diadema garante reajuste anual ao Ipred

Apesar das dificuldades enfrentadas devido à pandemia em 2021, a Prefeitura afirma que adotou medidas que garantiram fôlego e a sobrevivência do instituto.

A Paço entrou em processo de recuperação do equilíbrio financeiro. (Foto | Reprodução)

DIADEMA – A Prefeitura de Diadema, comandada por José de Filippi Júnior (PT), elaborou projeto que garante reajuste anual do repasse ao Instituto de Previdência dos Servidores de Diadema (Ipred) até 2060. A mudança foi aprovada por unanimidade pela Câmara na sessão da última quinta-feira.

Essa é mais uma medida da gestão Filippi na busca pelo equilíbrio financeiro do instituto. De acordo com a Lei Orçamentária Anual (LOA ) prevista para 2023, o repasse da Prefeitura ao Ipred neste ano foi de R$ 250 mil, mas o projeto prevê alta de 27,11% sobre o valor; no próximo ano, será de 28,20% e, em 2060, o reajuste pode chegar a 67,48%.

“A administração chegou à conclusão que a inclusão de uma tabela progressiva para amortização do deficit técnico que vá até o ano de 2060 trará maior segurança ao Ipred”, considera a Prefeitura no projeto.

Para o diretor superintendente do Ipred, Rubens Martins, a adoção da tabela progressiva pela Prefeitura permite um olhar positivo sobre as finanças da entidade.
“Esse projeto sem dúvida ajuda no equilíbrio das contas do instituto. Esperamos conquistar o equilíbrio da folha mensal o mais rápido possível”, comnetou ele ao Diário.

O Ipred esteve à beira da insolvência após a gestão do ex-prefeito Lauro Michels (PV) deixar uma dívida milionária, que, caso ocorresse, prejudicaria os 3.200 aposentados e pensionistas e também os 6.000 servidores da ativa.

Apesar das dificuldades enfrentadas devido à pandemia em 2021, primeiro ano do governo Filippi Júnior, a Prefeitura afirma que adotou medidas que garantiram fôlego e a sobrevivência do instituto, que agora entrou em processo de recuperação do equilíbrio financeiro.

De acordo com Rubens, o rombo nas contas do instituto ultrapassou os R$ 130 milhões. “O Ipred acabaria em quatro ou cinco anos, e isso prejudicaria cerca de 9.200 pessoas, entre aposentados, pensionistas e servidores da ativa”, comentou.

Em 2021, a Prefeitura pagou R$ 107,7 milhões ao Ipred, referentes ao pacote de medidas adotadas para solucionar a situação deficitária da entidade. Desse montante, R$ 71,7 milhões referem-se à alíquota patronal da Prefeitura. O Paço também quitou R$ 36 milhões de dívidas repactuadas há mais de dois anos, mas que não foram honradas pela gestão passada e já estavam inscritas na dívida ativa.
 

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