Polícia pede prorrogação de inquérito que apura morte de aluna em São Bernardo

O caso está sendo investigado pelo 2° DP (Distrito Policial) do município. (Foto | Reprodução)

SÃO BERNARDO – Após 30 dias do acidente que matou a jovem Isadora Custódio, 5 anos, na Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Lauro Gomes, em São Bernardo, a Polícia Civil ainda não concluiu o inquérito que investiga a causa da morte da aluna, que foi inicialmente registrada no Boletim de Ocorrência (BO) como óbito suspeito acidental, com autor desconhecido. O caso está sendo investigado pelo 2° DP (Distrito Policial) do município.

A delegada Kelly de Andrade, titular da Seccional de São Bernardo, afirma que a polícia solicitou prorrogação da investigação para mais 30 dias.  “Faltam ouvir algumas pessoas e organizar documentos que foram solicitados e que ainda não foram enviados. É um inquérito que não é concluído do dia para noite, tem bastante coisa para ser feita, com muita calma e seriedade”, pontuou Kelly.

O inquérito policial segue em sigilo de Justiça por se tratar de uma menor de idade. O que se sabe até o momento sobre a investigação é que quatro testemunhas depuseram sobre o caso, sendo todas funcionárias da Emeb. Os resultados dos exames do IML (Instituto Médico Legal) e do IC (Instituto de Criminalística) também não foram revelados.

Além da Polícia Civil, a causa da morte da estudante também está sendo apurada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). De acordo com o órgão, a investigação está sendo realizada pela Promotoria de Justiça Criminal.

O criminalista e doutor em direito penal econômico pela USP (Universidade de São Paulo), Conrado Gontijo, explica que existe um prazo legal de conclusão de um inquérito policial. “São 30 dias, podendo ser renovado por quanto tempo for necessário, é um prazo bem flexível. Para a renovação, o delegado responsável pelo caso envia o material ao Ministério Público requerendo prazo adicional para a continuidade da investigação. Com a concordância do MP, as investigações continuam na delegacia”, esclarece.

O MP não informou se a Polícia Civil de São Bernardo já enviou a solicitação de prorrogação do inquérito, e nem se o pedido foi aceito pelo órgão.

Questionada sobre o assunto, a Prefeitura de São Bernardo não confirmou, até o fechamento desta edição, se abriu uma sindicância para apurar a causa da morte da aluna, como havia informado.

FATALIDADE

Isadora Custódio morreu no dia 11 de setembro após ser atingida por um tronco de árvore enquanto brincava no parquinho da Emeb Lauro Gomes, localizada no Bairro Rudge Ramos. A jovem foi socorrida por guardas da GCM (Guarda Civil Municipal) que faziam ronda na escola, porém, não resistiu aos ferimentos.

Uma semana após o acidente, a árvore que vitimizou a estudante foi podada por completo. Conforme mostrou o Diário, a falsa seringueira era tombada como patrimônio histórico do município, por isso a Prefeitura alegava que não poderia realizar o serviço de podamento. Porém, dois dias depois da morte de Isadora, o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural da cidade retirou a espécie localizada no interior do colégio da lista de patrimônios tombados.

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