Aumento Alarmante: Tuberculose Avança no Grande ABC

Tuberculose aumenta 16% no Grande ABC em 2023, com 769 casos. Ribeirão Pires lidera crescimento, seguida por Diadema, Mauá e Santo André

GRANDE ABC — A região do Grande ABC apresentou um aumento significativo de 16% nos casos de tuberculose entre 2022 e 2023, segundo dados divulgados pelas secretarias de Saúde das prefeituras locais.

Esse crescimento foi observado em todas as quatro cidades analisadas: Ribeirão Pires, Diadema, Mauá e Santo André, que juntas somaram 769 casos no ano passado, em comparação com 663 no período anterior. Vale destacar que as estatísticas de São Bernardo, São Caetano e Rio Grande da Serra não foram fornecidas, o que pode indicar que o número real de casos seja ainda maior. Até o momento, em 2024, os quatro municípios totalizaram 97 notificações da doença.

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões, embora também possa atingir outros órgãos e sistemas do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, a tuberculose continua sendo um grave problema de saúde pública em todo o mundo, com cerca de 10 milhões de novos casos e 1 milhão de mortes anuais. No Brasil, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e cerca de 4.500 mortes a cada ano.

Ribeirão Pires registrou um aumento de 31% nos casos nos últimos dois anos, passando de 26 em 2022 para 34 em 2023. O município realiza duas campanhas anuais de busca ativa, sendo a próxima programada para iniciar em 15 de março. Já em Diadema, o aumento foi de 24%, com 275 casos em 2023, em comparação com 222 em 2022, considerando casos novos e retratamentos.

Mauá registrou um aumento de 23% entre 2022 e 2023, com 201 casos em 2023, em comparação com 163 em 2022. A cidade segue as diretrizes do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde, realizando campanhas anuais de busca ativa e investindo na capacitação das equipes de saúde.

Santo André teve um aumento de 2,7%, com 259 casos em 2023, ante 252 em 2022. A detecção precoce foi destacada pela Secretaria da Saúde da cidade como fundamental para o controle da doença, com foco na busca ativa de sintomáticos respiratórios e no acompanhamento dos pacientes diagnosticados.

No estado de São Paulo, foram registrados 2.971 casos de tuberculose neste ano, sendo 2.027 em pacientes do sexo masculino e 944 no feminino. O estado tem o Plano Estadual de São Paulo pelo Fim da Tuberculose até 2025, com metas para reduzir a incidência e o número de mortes pela doença.

O diagnóstico da tuberculose é feito por meio de exame de escarro, raio-X do pulmão e teste de sangue, e o tratamento dura no mínimo seis meses, envolvendo uma combinação de medicamentos específicos para combater a bactéria. É crucial seguir o tratamento prescrito pelo médico para garantir a cura completa e evitar a resistência das bactérias.

Deixe seu comentário