Professores da rede municipal de São Paulo decidem pela continuidade da greve

Desde o final de janeiro até agora, foram realizadas reuniões com o governo, mas o prefeito Ricardo tem insistido, na política de subsídio.

Professores protestando. Foto: divulgação
Professores protestando. Foto: divulgação

SÃO PAULO — Professores da rede municipal de ensino de São Paulo rejeitaram a proposta do prefeito Ricardo Nunes (MDB), na última sexta-feira (8) e aprovaram a continuidade da greve em assembleia, convocada pelo SINPEEM, SEDIN e SINESP, que compõem a Coordenação das Entidades Sindicais Específicas (Coeduc).

Desde o final de janeiro até o dia 7 de março, foram realizadas reuniões com o governo, que vem insistindo, sistematicamente, na implantação da política de subsídio também para o Quadro dos Profissionais de Educação (QPE), alegando dificuldade de gestão da folha de salários deste quadro.

O professor João Batista, diretor do Sinpeem, um dos sindicatos que representa a categoria, afirmou que o governo apresentou uma proposta antes da realização da assembleia de 2,16% de aumento. Entretanto, centenas de profissionais de educação decidiram rejeitar a proposta, já que o sindicato reivindica 39% de incorporação aos padrões de todas as tabelas de vencimentos, fim do confisco previdenciário, não, à política salarial por subsídio, aumento dos valores dos pisos dos docentes, gestores e Quadro de Apoio e melhores condições de trabalho.

Um dos professores, ouvido pelo ABC em Foco, revelou que “a superlotação de salas de aulas é um dos maiores problemas para combater o analfabetismo escolar e melhorar os índices de aprendizados na rede”. Uma mãe de aluno estava muito preocupada com a greve, ela disse ao jornal: “estou desempregada e tenho três filhos que fazem as principais refeições na escola”. A mãe concorda com a greve dos professores, porém fica preocupada com o fechamento da escola durante a greve.

O chefe do Executivo paulista propôs aos sindicatos enviar projeto de lei nesta segunda-feira (11) para a aprovação da Câmara Municipal, conforme segue:
– reajuste de 2,16% sobre os padrões de vencimentos de todas as tabelas do QPE – ativos e aposentados; – aplicação de 3,62% sobre os valores atuais dos pisos remuneratórios dos docentes, gestores e Quadro de Apoio, a título de abono complementar; – reajuste de 2,16% sobre os valores atuais do vale-alimentação e do auxílio-refeição; – pagamento da segunda parcela PDE de 2023 em março de 2024;
– analisar a possibilidade de ampliar os valores dos pisos e informar a proposta final até às 11 horas do dia 08/03.

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